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agosto 27, 2011

Sobre o fazer clínico no dia do psicólogo...

Hoje comemora-se o dia do Psicólogo, em função da regulamentação da profissão em 27 de agosto de 1964, através da Lei 4.119/64. E neste dia, quero falar um pouco do fazer deste profissional que tem como objetivo emprestar os sentidos, o saber, a clínica, para que o sujeito possa (re)significar-se, sentir, ser.

Nesta sala pequena, que é repleta de imagens, imaginações, sonhos, devaneios, medos, alegrias, desejos, representações, eis que se encontra um duplo, relacional, pulsional, onde um auxilia o outro no processo de desenvolver-se, compreender-se, aceitar-se, menos julgar-se, mais sentir, responsabilizar-se, viver!


É um trabalho que necessita muita energia, conhecimento, técnica, teoria, relação. Apesar de duplo, solitário durante muitos momentos.

Caracteriza-se pela investigação, que nada tem de parecida com a policial pois não quer colocar ninguém na repressão, pelo contrário, tenta levar a "investigado", a descobrir as razões das amarras  que o aprisionam e juntos, desamarram, desfazem, e um (re)significa, para liberar a energia que estava presa. Assim ela flui, criando outro circuito.

A práxis é bela, em nada simples, mas busca a simplicidade com a humildade necessária da espera pelo tempo necessário, portanto é paciente. Em sendo paciente, precisa ser acolhedora, não permissiva, mas reveladora, portanto verdadeira. Um fazer que reverbera! Difícil de ser compreendido, aceito, muitas vezes é confundido.

Parabéns psicólogo, que dedica sua vida, para estudar a vida do outro para que este possa entender sua singularidade, aceitá-la, assumi-la e vivê-la.

Parabéns por ser um ponto de resistência, quando muitos já desistiram.

agosto 23, 2011

Sobre a comunicação...

Olá Pessoal!

Hoje estava trabalhando com meus alunos um texto que discute, a partir das ideias da Teoria Crítica, como podemos estudar, ou pensar a comunicação, mas não qualquer comunicação e sim a comunicação de massa. Discutimos o quanto nos deixamos manipular pela mídia, principalmente naqueles momentos em que exaustos de m dia de trabalho, chegamos em casa, tomamos um banho para relaxar e para completar o relaxamento, apertamos o power da TV e somos levados ao um mundo de sonhos, sonhados por outros, e desejos, planejados por outros.

Sonhos e desejos que são, de maneira entretida, introjetados em nós, através de ideiais ou ideologias negativas, pois tem como propósito a dominação. Esta que não necessariamente seja violenta ou agressiva na aparência, pelo contrário, é mansa e sedutora.

Ela nos coloca situações, ideais e produtos que passam a ser gêneros de primeira necessidade em nossas vidas, e vejam, não são necessidades nossas, mas tornam-se ao massificar, universalizar-se, e acabamos por legitimá-las.

Neste sentido, tentamos olhar para a mídia e sobretudo para Indústria Cultural, que se é tratada por indústria remete a linha de produção, que dita modismos massificadores, fazendo com a cultura local seja expulsa de modo a perdurar a cultura global.

É neste ínterim que tentamos trazer a Teoria Crítica como proposta de resistência a este projeto social de massa e massificação, de forma a livrar o sujeito para que possa "pensar com a própria cabeça e falar com a própria boca, seus desejos, sonhos, individuais, locais e localizados.

Desligue a TV, converse, reflita, critique, (re)produza - no sentido de refazer.

Abraços...