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dezembro 20, 2011

Palavras Livres de Natal e Final de Ano aos colegas de trabalho...


Queridas Colegas... (os homens, como eu, leiam queridos! hehehe)

O final de 2011 se aproxima e com ele nosso corpo e mente cansados pelas batalhas, mas ao mesmo tempo vibrantes por termos - cada um em sua medida, cada qual com seu merecimento e esforço - alcançado conquistas, vitórias e as dores que nos fazem ser melhores do que fomos...

Foi muito bom poder dividir este trezentos e poucos dias. Ainda que nem sempre próximos fisicamente estivemos em alguma medida unidos por um ideal, por um sonho talvez. Pelo simples fato de podermos trabalhar num projeto juntos...

Que possamos, neste momento de encontro com aqueles que nos fortalecem, ajudam a dar sentido e significado, possamos viver a alegria, o amor, a felicidade... e que possamos nos embriagar com a existência humana, com o que mais verdadeiro existe em nós, nossos sentimentos, estes que cotidianamente tentamos entender, desvendar, viver...

E que no ano que se inicia em breve, possamos andar juntos, ainda que divergindo, pois é na solução das incongruências que se constroem as verdades e com elas seguimos nossas vidas...

Possamos aprender com erros, vibrar com nossas vitórias, nos auxiliar como o fazemos muitas vezes...

Um Natal feliz para todos nós...
Um 2012, cheio de desafios...

E que os laços que nos unem possam ser renovados...

Abraços carinhosos....

Felipe

dezembro 06, 2011

O Veneno Está na Mesa

Vejam o documentário do Silvio Tendler... Não preciso falar mais nada... Tomar conhecimento é o primeiro passo para a mudança!!!


dezembro 04, 2011

Retornando...

Olá ilustres leitores deste espaço, que já algum tempo não deixo gravadas ideias e reflexões, não por não tê-las, mas por não colocá-las em palavras escritas e ordenadas, devido a velocidade que, por vezes, necessito imputar-me pois existe neste mundo que nos solicita velocidade. E aqui aproveito para colocar que o mundo nos solicita, mas não exige. Logicamente tem-se consequências se andares rápido como ele exige, ou naquela que desejar.

Essa reflexão é interessante. Estamos chegando ao final do ano, e um número grande de pessoas deseja acelerar o tempo para que o ano termine mais depressa. Parece que com o término do ano, muito do que não se resolveu ao longo do mesmo, fosse resolvido, mesmo sem se resolver. Sim, parece existir uma crença mágica que ao término do ano "seus problemas acabaram", mas infelizmente não é assim. Dependendo como levar suas férias, seus problemas poderão estar continuando e ainda maiores.

Alude-se aqui um comportamento recorrente. Ao aproximar-se o final de ano, parece que percebemos que os planos que se fizeram, as metas colocadas, mostram-se não atingidas, não alcançadas e aparece uma tal frustração. Na tentativa de fugir desta tal (que estrutura, não desestrutura como a mídia nos tem feito acreditar) sonha-se com a aceleração do tempo.

E o engodo é tamanho que, na zero hora de 2012, abraçam-se e fazem novos planos que possivelmente terão o mesmo destino dos que foram desfalecidos. Até quando seguirá a auto-enganação?

Meu convite é para que possamos gradativamente viver o tempo do humano, o tempo do amor, o tempo do desejo, o tempo inconsciente (que é atemporal). Revivê-lo implica descobrir-se, compreender-se e traçar novos maneiras de traçar planos!

Aproveite os dias finais de 2011! Não faça tantos planos, viva-os!

Abraços e até mais...

outubro 11, 2011

PS_I_nspiração VI

"abre-se a tampa, gradativamente
 e cada tecla vai produzindo seu som..."




...no início, que não quer dizer o princípio, mas quando são percebidos os sons que compõe a melodia, ou melhor quando se vai percebendo que os ruídos ouvidos compõem uma melodia, o processo inicia...










o ser, pára, e não mais assiste a vida passar a sua frente. Decide por sair do banco, por mais que não saiba bem qual o caminho, como percorrer, mas se arrisca a andar...








E, em seus passos, vai descobrindo o que consegue, com o que vibra, ressoa e vive...


O processo se iniciou, e os passos indicam uma (re)significação até onde o princípio se foi escondendo, ocultando-se...

outubro 04, 2011

PS_I_nspiração V

"o corpo mostra o desespero que o vivente apresenta, sente, respira, vive...


e não percebe. Projeta, cola no outro, ataca, esbraveja contra tudo, todos, contra o nada...


A raiva de si é jogada no outro que é si mesmo e a perda do controle, faz o corpo vibrar. Ele (o corpo) sabiamente tenta falar,


mas o vivente não consegue compreender, de fato, o que ele diz...


E o corpo continua a gritar... e é silenciado pelo medicamento que não vem da alma, mas da manipulação química.


Novamente por suas vias, o corpo tenta falar, e outra vez, e outra, mas o vivente, ainda não consegue ler...


e será somente paulatinamente, no exame incansável que se constrói a decodificação desse signo carregado que é o saber corporal,


 

que é a energia vital, a pulsão. Que corre e escorre quando seus caminhos estão trancados!"

outubro 02, 2011

Ps_I_nspiração IV

"...e a beleza de estar perto quando o vivente vai se descobrindo,


enaltece meu fazer e reafirma a certeza


de que faço o que amo, mas mais que isso.


amo o que faço!"

setembro 22, 2011

Ps_I_nspiração III



"...a interpretação das profundezas do inconsciente,

nada diz para aquele que na superfície da consciência e

esta, fixada nas profundezas da ignorância de si..." 

setembro 08, 2011

PS_I_nspiração II

a sutileza da fuga é marcante...

                                                             




                                                                                         pequenos atos...



pEnSaMeNtOs conscientes...

                                                                           


                                     dinâmicas inconscientes...





... e quando isso tudo não se esconde no nevoeiro da experiência vivencial, parece que o real toma forma sem ideal, sem fantasia e simplesmente vive-se.

setembro 06, 2011

PS_I_nspiração I

"Observar a alma humana é descobrir as incertezas, e assustar-se com a beleza e a feiúra do que se é, pois somos muito mais que tranquilidade, e muito além da maldade. Uma soma possibilidades num equilíbrio desequilibrado, andando na corda do finito chamado vida, que vai se constituindo, desdobrando e por vezes se "sobredobrando", se sobrepondo, numa tendência repetida de ser o que não se é, mas o que a caracteriza, até que surgem raios de sol...






mas no início me assusto com a clareza, com o que vejo, tão logo isso acontece, resisto! e sigo na luz mas cego, que enxerga mas não vê...




se insistir, pode ser que se quebre o medo, e a fuga de si mesmo, dando lugar para mesma luz brilhar e deixar que o desequilíbrio equilibrado modifique-se numa perspectiva equilíbrada de tendências antagônicas-constituintes."


Psinspiração I - Felipe Biasus

setembro 05, 2011

Pense...

Você já parou para pensar nestas questões hoje:

- Quem sou eu?
- Qual meu projeto, sonho?
- O que estou fazendo para ser simplesmente eu, viver minha vida como ela é?

Abraços e boas reflexões...

setembro 01, 2011

Quando a luz não ofusca...

Você já andou numa estrada com o sol em sua frente, ofuscando sua visão? Ou quando é noite e nesta mesma estrada dois carros se encontram em sentidos opostos com os faróis acesos na  intensidade máxima da luz? Apertamos os olhos só de lembrar destas situações, não é?!

Mas existem outros momentos em que a luz não ofusca a visão, pelo contrário ela permite que possamos enxergar, visualizar o outro, as coisas, os objetos.

Com esta metáfora da luz que ofusca, quero propor algumas reflexões sobre o humano, sobre o psíquico, sobre a psicoterapia.

Desde de o nascimento, e talvez até mesmo antes dele, nosso psiquismo vai se constituindo, inicialmente nos pais, e depois de recebermos a luz, em nós mesmos. O interessante é que vamos constituindo nosso modus operandi, que após instituído, nos faz ser o que somos e como encaramos tudo aquilo que nos acontece, e porque não dizer, tudo aquilo que fazemos com que aconteça com a gente.

Eis então que se estabelece, constitui-se, uma lógica de funcionamento que reverberará por toda a vida do sujeito. E o que isso tem a ver com a metáfora da luz?

Por vezes, estabelece-se uma lógica em que passamos a não perceber que a luz está a nos ofuscar, ofuscar a visão que temos do mundo, das coisas, dos outros, dos objetos. Tal ofuscamento, faz com que tendamos a repetir, repetir e repetir sem nos darmos conta. E ai é que entra a psicoterapia.

Esta ciência-arte-fazer, possibilita que desacortine-se a janela da alma para que esta possa ir sendo conhecida, significada, (re)significada e assim, a luz que ofuscava, não mais ofusca, e posso viver e sentir tudo aquilo que sou, que constituo, que vivo, sem necessariamente, repetir, repetir, numa fuga de si ou da verdade que se é.

agosto 27, 2011

Sobre o fazer clínico no dia do psicólogo...

Hoje comemora-se o dia do Psicólogo, em função da regulamentação da profissão em 27 de agosto de 1964, através da Lei 4.119/64. E neste dia, quero falar um pouco do fazer deste profissional que tem como objetivo emprestar os sentidos, o saber, a clínica, para que o sujeito possa (re)significar-se, sentir, ser.

Nesta sala pequena, que é repleta de imagens, imaginações, sonhos, devaneios, medos, alegrias, desejos, representações, eis que se encontra um duplo, relacional, pulsional, onde um auxilia o outro no processo de desenvolver-se, compreender-se, aceitar-se, menos julgar-se, mais sentir, responsabilizar-se, viver!


É um trabalho que necessita muita energia, conhecimento, técnica, teoria, relação. Apesar de duplo, solitário durante muitos momentos.

Caracteriza-se pela investigação, que nada tem de parecida com a policial pois não quer colocar ninguém na repressão, pelo contrário, tenta levar a "investigado", a descobrir as razões das amarras  que o aprisionam e juntos, desamarram, desfazem, e um (re)significa, para liberar a energia que estava presa. Assim ela flui, criando outro circuito.

A práxis é bela, em nada simples, mas busca a simplicidade com a humildade necessária da espera pelo tempo necessário, portanto é paciente. Em sendo paciente, precisa ser acolhedora, não permissiva, mas reveladora, portanto verdadeira. Um fazer que reverbera! Difícil de ser compreendido, aceito, muitas vezes é confundido.

Parabéns psicólogo, que dedica sua vida, para estudar a vida do outro para que este possa entender sua singularidade, aceitá-la, assumi-la e vivê-la.

Parabéns por ser um ponto de resistência, quando muitos já desistiram.

agosto 23, 2011

Sobre a comunicação...

Olá Pessoal!

Hoje estava trabalhando com meus alunos um texto que discute, a partir das ideias da Teoria Crítica, como podemos estudar, ou pensar a comunicação, mas não qualquer comunicação e sim a comunicação de massa. Discutimos o quanto nos deixamos manipular pela mídia, principalmente naqueles momentos em que exaustos de m dia de trabalho, chegamos em casa, tomamos um banho para relaxar e para completar o relaxamento, apertamos o power da TV e somos levados ao um mundo de sonhos, sonhados por outros, e desejos, planejados por outros.

Sonhos e desejos que são, de maneira entretida, introjetados em nós, através de ideiais ou ideologias negativas, pois tem como propósito a dominação. Esta que não necessariamente seja violenta ou agressiva na aparência, pelo contrário, é mansa e sedutora.

Ela nos coloca situações, ideais e produtos que passam a ser gêneros de primeira necessidade em nossas vidas, e vejam, não são necessidades nossas, mas tornam-se ao massificar, universalizar-se, e acabamos por legitimá-las.

Neste sentido, tentamos olhar para a mídia e sobretudo para Indústria Cultural, que se é tratada por indústria remete a linha de produção, que dita modismos massificadores, fazendo com a cultura local seja expulsa de modo a perdurar a cultura global.

É neste ínterim que tentamos trazer a Teoria Crítica como proposta de resistência a este projeto social de massa e massificação, de forma a livrar o sujeito para que possa "pensar com a própria cabeça e falar com a própria boca, seus desejos, sonhos, individuais, locais e localizados.

Desligue a TV, converse, reflita, critique, (re)produza - no sentido de refazer.

Abraços...

junho 19, 2011

Psicoterapia - Parte I

O que é psicoterapia? Como posso melhorar, se vou conversar com uma pessoa e pagar por isso ainda?! Estas e outras perguntas surgem frequentemente.

As pessoas perguntam qual a diferença entre uma conversa com um amigo e um processo psicoterapêutico, já que a base é o diálogo. A diferença importante é que o diálogo com o psicoterapeuta é uma conversa com foco, e este foco é a cura do paciente, o fazer do psicoterapeuta é um fazer pautado numa teoria e numa técnica, portanto é muito diferente de uma "simples" conversa com um amigo. O psicoterapeuta está preocupado em auxiliar o paciente a compreender seu funcionamento psíquico, "sua dinâmica interna" e modificá-la se este for o caso.

Aliás, é fundamental a palavra, a comunicação na psicoterapia, afinal o psicólogo só poderá auxiliar o paciente se este falar tudo, "sem pudor nenhum", para que o processo possa acontecer.

Este processo de mudança não é feito sem sofrimento, ou seja, entrar num processo psicoterápico, implica em sofrimento. É duro entrar em contato com aquilo que muitas vezes, se não sempre, a pessoa esforçasse para esconder de si mesma. Portanto, o crescimento psicológico está relacionado com o "sofrimento" de descobrir-se e conhecer-se. Tanto é verdade que muitas vezes pessoas próximas do paciente comentam "esta terapia não está te ajudando nada, porque você parece pior do que antes". Na verdade o sofrimento é parte do processo.