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março 29, 2011

Cabelos ao Vento...

Saio por ai, a procurar estrelas
Que me levem, onde você está
Saio por ai, percorrendo caminhos,
 A te procurar!

Cabelos ao vento,
Mar de saudade,
Só quero te encontrar.

Sentir o seu cheiro,
Sabor do seu beijo,
Venha me amar.

Sigo pelo rastro do seu cheiro
Perfume de flores,
A me embrigar

E as lágrimas que rolam,
no meu peito
Me desespero, até você chegar.

.:: Letra de uma música, composta por Felipe Biasus, no outono de 2011::.

março 27, 2011

As imagens não precisam de palavras...

Acordar as seis horas da manhã também tem seu valor...

Veja as imagens abaixo, fotos tiradas da sacada do meu apartamento em Erechim-RS

 Dois minutos depois...

 ...mais dois minutos...

 É isso por hoje pessoal...

Aproveitem!

março 15, 2011

Bur(r)ocracias

Quando mesmo esta tal palavrinha foi inventada?
Bem, sem muita disposição para buscar informações sobre seu surgimento, quero esboçar meu desconforto, sobretudo com serviços públicos diante de tamanhas artimanhas e processo burocráticos para desenvolver atividades que por vezes são extremamente simples. Entende-se a necessidade do controle e do registro, mas tenho assistido alguns fatos que chegam ser estapafúrdios, aliás gastando mais tempo com as bur(r)ocracias, do que com a atividade específica que está sendo controlada, anotada, registrada.

Se cada um estivesse preocupado com desenvolver sua atividade de maneira ética, e comprometida com o bem comum, muito de tal atividade poderia deixar de existir, mas nos preocupamos mais em produzir provas que nos inocente em qualquer situação judiciário, do que fazer o que precisa ser feito!
Se alguém tiver algum material que aborde esse tema, por favor, discuta este tópico, para que possa encontrar algum ponto positivo para a atividade burocrática de modo a torná-la menos tosca na minha compreensão.

 

março 11, 2011

(In)certezas...

Penso que este seja o sinal que mais está presente na vida das pessoas hoje. Mas percebam que este ponto de interrogação que se faz tão presente no cotidiano, não diz respeito a um comportamento inteligente, intelectual ou científico de estar postado após um questionamento. Definitivamente não! Então, o que ele representa?

Temos vivido um mundo de incertezas, dúvidas, dúvidas, dúvidas, e tal símbolo representa tais incertezas. Vivemos um momento histórico em que grandes verdades estão por terra, já deixaram de ser grandes verdades pela liquidez que experimentamos no mundo, em todas as suas esferas. As principais instituições não mais estão sólidas, foram, de certa maneira, liquefeitas pelo tsunami que denominamos pós-modernidade. Se na modernidade tais instituições eram sólidas, apresentavam verdades, hoje, não mais o fazem, e quando tentam fazer, suas "verdades" são colocadas em cheque pelo mar do tudo pode, desde que traga prazer, não gere frustração e principalmente, exista lucro.

O livre mercado, começou a ditar um tipo de liberdade que podemos chamar de libertinagem e com isso a reflexão e a ética deixam de existir um vez que exigem tempo, coisa que hoje é mais que dinheiro! E voltando ao tema das incertezas, tal sensação, sentimento, experiência é tão marcante, se é que não podemos falar de traumatizante, que deixa os viventes num constante estado de alerta, pois algo pode acontecer, assim o comportamento comum apresenta o seguinte esquema, "não apegar-se, acreditar, desejar para muito longe, pois é tudo uma questão de tempo e vai passar", com isso o que temos são pessoas cada vez mais aceleradas, inclusive nos momentos de prazer, que hoje passam a estar colocados muito mais em coisas materiais, principalmente bens de consumo, do que em qualquer outro objeto.

Neste processo que parece sem fim - mais ou menos como o ciclo da água numa biota fechada no aquário que aprendemos a fazer na escola - vamos reafirmando uma certeza cada vez maior em nossos dias, qual seja, a incerteza e a experiência da incerteza tem nos feito sofrer e adoecer. Como processo, vamos inchando cada vez mais tal ciclo, fazendo com que se torne cada vez mais natural viver a incerteza sem ter pontos de referência ou verdades um pouco mais duradouras como outrora. Em outras palavras, alimentamos tal espaço social e modus vivendi da mesma forma que o espaço social e a cultura nele presente nos vai forjando e formando.

Até quando?

março 09, 2011

Reflexões sobre o cuidado...

Bom dia queridos leitores!

Estou aguardando um setor da universidade abrir, já que cheguei cedo ao trabalho hoje, então aproveitando o tempo, ou "fazendo o ócio ser criativo" quero postar algumas reflexões sobre o cuidado.

Durante o feriado de carnaval estive lendo algumas ideias propostas pelo sociólogo polonês Baumann e pude perceber que o momento "pós-moderno" ou a "sociedade líquida" em que vivemos nos tem colocado algumas questões e experiências e temos sido mais macabros do que nunca. Refiro-me ao fato do cuidado com o outro, sobretudo o outro que está "fora do jogo" como diz o referido mestre. Fora do jogo do trabalho, fora do jogo do livre comércio, e principalmente fora do jogo do consumo. Sim, pois estando fora do jogo e principalmente fora do time dos trabalhadores está marcado pelo esquecimento. E como isso é marcante em nossa sociedade atual, vejamos um pequeno exemplo.

Desde o governo FHC no Brasil e mais contemporaneamente o governo LULA, o Brasil implementou uma política de distribuição de renda chamada "Bolsa Família" antigo "Vale Gás" do governo anterior. Trata-se em outras palavras de uma política para assistir aos desassistidos, auxiliar aqueles que conforme Baumann ou estão fora do jogo ou gravemente contundidos. Até aqui tudo bem, aliás não quero entrar no mérito - ou a falta do mesmo - da gestão do programa, que tem lá seus problemas. Quero falar das repercussões para muitos daqueles que estão no jogo, e que observam estes que estão contundidos, ou até fora do time e comentam. Mas o que comentam?

Em geral, quando se fala do programa e das pessoas que são beneficiadas, fala-se numa perspectiva negativa, denegrindo tais pessoas que passam de vítimas de uma mundo líquido que tenta afogar a todos ao algoz que produz as ondas, as ondas do aumento de impostos, e assim vai...

Dito isso, sem maiores explicações para o exemplo, poi so tempo está curto, quero marcar a reflexão sobre o cuidado. Nesta sociedade onde cada um rema ou tenta nadar para não se afogar no mar de incertezas, valores líquidos que modificam-se conforme a situação - podemos chamar de valor? - assistimos a um sem número de descuidados, de agressões, de descrédito do humano. Não mais cuidamos daqueles que fazem parte da nossa tribo, mas estão contundidos por terem lutado com o leão que atacava a aldeia. Simplesmente tratamos de terminar o que a luta já havia começado e queremos mais é que levem este desafortunado da terra, para que tenha menos peso!

Onde fica a ética que preza pela vida, pelo cuidado, pelo bem e pelo justo?!

É cada vez mais importante discutirmos a ética, pois em momentos líquidos que vivemos, não podemso deixar que todos os conceitos e muitas verdades tornem-se igualmente líquida, caso contrário assitiremos nossos corpos esvairem-se em sangue,  que liquido deve correr dentro do corpo e não fora como estamos fazendo correr.

Abraços.

março 08, 2011

Parece que agora o ano vai iniciar...

Até parece um clichê, escrever um post falando sobre o carnaval, principalmente para aqueles que criticam, que é o que pretendo com esta reflexão. Na verdade não se trata de uma crítica, pela crítica, de um sujeito que não sabe sambar e nem sente nenhum prazer em correr por um salão de forma desvairada, como nos bailes de carnaval, trata-se apenas de algumas palavras e sugestões.

Não raramente, ouvem-se comentários na fila do banco, da padaria, enfim, onde duas ou mais pessoas se encontram numa situação não programada, comentários sobre o tempo, mas em época de carnaval, feriado, surge a ideia, "bem, pelo jeito agora o ano inicia". Aliás quando se recebe o calendário do ano vindouro, o qual marca o "feriado" já comentamos que o país vai andar depois do carnaval, e o pior é que é isso que se percebe. deixa-se muitas coisas para depois do carnaval. E por que?

É uma festa típica do Brasil, para poder vender suas mulatas e a cerveja, já que alguns craques do futebol tem se aposentado! Mas daí a parar um país é complicado! Aliás quando alguém trabalha nesta época, já é visto com cara feia. Minha ideia era propor uma data fixa para o carnaval poderia ser no dia 02 de janeiro, assim, juntava tudo e o ano iniciava bem com aproximadamente 11 meses de dedicação.
Mas, se você leu até aqui deve estar pensando, isso é loucura, para que um festa tão linda deixar de ter seu brilho, uma vez que mal vão ter se apagado os fogos de copacabana! Calma, é a penas uma ideia!

Observava o carnaval de 2011 e pensei algo que me remete à corte de Portugal. A festa de hoje, apenas travestida de lenços, panos, e materiais modernos, guarda uma essência do Brasil colônia, basta ver que aos ricos os camorotes ou televisores de plasma para ver o desfile daqueles que mal alimentam-se para poder comprar a fantasia e estravazar na avenida. Outros poucos ricos, saem como destaques nas escolas, nada tem de identificação com a comunidade, apenas emprestam seu nome ou imagem para a escola arrecadar uma grana, ter uma imagem. Ah! e tem aquelas pessoas que se intitulam artistas que passam o ano falando da preparação para o carnaval.

Bem, este texto, ainda que mal redigido, sem muito sentido, quer apenas marcar uma visão contrário a massificação dos significados e sentidos que são jogados para que pensemos todos de maneira muito igual.

Abraços...