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setembro 27, 2015

Desconectar para conectar-se...

     O título deste post já esteve em uma séria de manchetes de jornais, já foi hit de um vídeo criado no Japão e cada dia mais parece ser a necessária resistência a ser feita. Em tempos que até veículos da agricultura movimentam-se totalmente automatizados, humanos mais parecem zumbis pela rua fixados em telas multitoques e corcundos diante de tablets, notebooks e computadores.
     Como resistir a tentação das máquinas, da postagem em redes sociais, da virtualização da existência? Se antes projetava-se no outro, agora projeta-se um outro eu no mundo em que o falso pode viver sem grandes problemas, desde que gere likes, compartilhamentos, visualizações.
     Há dois anos durante uma viagem de moto, conversava com meu parceiro de estrada e disse que não conseguiria filmar a viagem pois só estava com uma máquina fotográfica e sem nenhuma estrutura para filmar. Diante disso, inteligentemente ele respondeu "o importante é gravar na retina"! E essa frase ecoou...
     É necessário desconectar-se para conectar-se! Se a preocupação está no ângulo da foto, no melhor filtro, ou no software mais indicado para representar aquilo que se deixou de viver, eis que perdemos a chance de viver o presente.
     Portanto, o convite é resistir. Será que conseguimos ficar um dia sem utilizar o celular além do que para fazer uma ligação ou atender uma ligação? Fica o desafio!!! Desconectar-se para conectar.

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