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maio 01, 2011

Talvez, o mais importante é viver...


Não raramente, em atividades, assessorias, trabalhos com grupos de profissionais da educação, trabalhos com alunos, no cotidiano dos amigos, percebe-se que buscamos explicações para tudo que nos acontece. Temos uma certa "tendência cientista" a procurar e dar explicações para os mais diferentes fatos, aliás as mais diferentes explicações. Como refere Rodrigues (1999) "somo epistemólogos leigos" ao tratar da temática da atribuição de causalidade na Psicologia Social.

E seguimos nossos dias, tratando de explicar tudo que acontece ao nosso redor, seja o casamento do príncipe, a violência do Rio de Janeiro, o comportamento do vizinho da rua que bate na mulher, as frases dos amigos no msn, enfim, em tudo buscamos construir teorias para que possamos dar conta de explicar, ou compreender o que está ocorrendo.
Isto é fato, já está documentado na literatura científica que este comportamento é comum em todo ser humano, uma vez que qualquer evento ou objeto que chegue até nós através de nossos órgãos do sentido, irá sofrer uma análise, uma interpretação que desencadeara, se for o caso, processos cognitivos para dar conta de tais fenômenos, até para que possamos conviver com eles.

Dito isto, não quero fazer uma apologia a um comportamento contrário, mas quero provocar o leitor a tentar experienciar uma outra dinâmica de funcionamento. Meu convite é para que, ao invés de buscar explicar tudo que acontece em sua vida, busque viver intensamente as experiências, o seu cotidiano, o seu "último minuto" - nenhuma alusão a morte - pois muitas vezes, na busca desenfreada por explicações, justificativas, prerrogativas, acabamos por perder grandes chances de viver "a vida como ela é" na sua mais simples e singela beleza.

Um grande abraço a todos e um ótimo início de semana!

Ah, e antes de esquecer, parabéns a todos os trabalhadores, afinal hoje é nosso dia! Trabalho que serve para dignificar, identificar, personalizar, mas por vezes escraviza, faz doer e até mata!

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